NOVA YORK (Reuters) - A Equifax disse que espera que os custos relacionados à violação de dados sofrida pela empresa em 2017 aumentem em 275 milhões de dólares este ano, indicando que o incidente na agência de relatórios de crédito poderia se tornar o ataque hacker mais custoso da história corporativa.
A projeção, que foi divulgada nesta sexta-feira em uma teleconferência sobre os resultados da empresa, se soma a 164 milhões de dólares em custos antes de impostos registrados no segundo semestre de 2017. Isso eleva os custos relacionados com a invasão de dados para 439 milhões de dólares até o final deste ano, dos quais cerca de 125 milhões serão cobertos por seguro.
"Parece que esta será a violação de dados mais cara da história", disse Larry Ponemon, presidente do Ponemon Institute, um grupo de pesquisa que acompanha os custos dos ataques cibernéticos.
Os custos totais da violação de dados, que comprometeram informações sensíveis de mais de 147 milhões de consumidores, poderiam ser "bem superiores a 600 milhões de dólares", se forem incluídas as despesas para resolver as investigações governamentais sobre o incidente e ações judiciais civis contra a empresa, disse ele.
A Equifax anunciou na quinta-feira resultado de quarto trimestre que superou previsões de Wall Street e divulgou que descobriu mais 2,4 milhões de pessoas cujos dados foram roubados no ataque.
As ações da companhia subiram quase 6 por cento para 117,23 dólares nesta sexta-feira. O papel perdeu cerca de um quarto do seu valor desde que a Equifax divulgou a invasão no início de setembro.
A Equifax disse em setembro que os hackers roubaram informações pessoais identificáveis de consumidores dos EUA, do Reino Unido e do Canadá, incluindo nomes, números da seguro social, datas de nascimento, endereços pessoais e números de cartão de crédito.
(Por John McCrank)