Por Gavin Jones
ROMA (Reuters) - Uma advertência de um dos juízes mais proeminentes da Itália sobre o que ele disse serem níveis sem precedentes de corrupção entre os políticos irritou o governo de Matteo Renzi e desencadeou uma tempestade política sobre o papel do Judiciário.
Piercamillo Davigo, um juiz da suprema corte, fez seu nome há 24 anos como um dos promotores de Milão que participou da Operação "Mãos Limpas", uma investigação de corrupção que varreu uma classe política inteira.
Em uma entrevista ao jornal Corriere della Sera na sexta-feira, Davigo, que dirige associação nacional de magistrados da Itália, disse que a corrupção política atualmente é pior do que em 1992 e criticou o governo de Renzi por não combatê-la.
Renzi não fez comentários, mas no sábado Davigo foi atacado por aliados do primeiro-ministro de seu Partido Democrático (PD) e outros partidos da coalizão governista. Ele foi aplaudido pelo antissistema Movimento 5 Estrelas e pelo direitista Liga Norte.