CIDADE DA GUATEMALA (Reuters) - Um dos advogados do ex-ditador guatemalteco Efraín Ríos Montt, que foi processado por genocídio de indígenas durante a guerra civil, foi assassinado nesta quarta-feira a tiros em uma rua da Cidade da Guatemala, informaram autoridades.
Francisco Palomo, que havia sido magistrado da Corte de Constitucionalidade, o tribunal máximo do país, foi baleado por dois desconhecidos em um moto enquanto estava em seu veículo, segundo um relatório preliminar da polícia.
"Será utilizada a gravação das câmaras de vigilância para identificar os responsáveis. Acreditamos que há indícios de que se tratou de um ataque direto", disse a jornalistas Eunice Mendizábal, ministra de governo.
O jurista, de 64 anos, também foi defensor do ex-presidente Alfonso Portillo, que recentemente voltou ao país após cumprir condenação por lavagem de dinheiro nos Estados Unidos.
O assassinato ocorre quando se completa o segundo aniversário da condenação contra Ríos Montt pelo extermínio coletivo de indígenas durante seu regime de fato, entre 1982 e 1983, que foi anulada pela corte constitucional por erros de procedimento.
Neste ano, o tribunal tinha previsto começar de novo o julgamento contra o ex-general, mas a defesa do militar recusou uma das juízas, deixando o processo em suspenso.
(Reportagem de Sofía Menchú)