Por Se Young Lee e Ju-min Park
SEUL (Reuters) - O chefe da Samsung, Jay Y. Lee, escolheu a dedo 13 advogados de peso para defendê-lo das acusações de ter pago propina à presidente da Coreia do Sul, quase todos ex-juízes ou ex-procuradores, de acordo com o tribunal onde um dos homens mais ricos do país será julgado.
Lee, de 48 anos, foi indiciado por uma procuradoria especial no dia 28 de fevereiro, acusado de praticar suborno e de ter participado de um escândalo de corrupção envolvendo a presidente Park Geun-hye, alvo de um impeachment. Quatro outros executivos da Samsung também foram acusados, um golpe duro na maior fabricante de smartphones e chips de memória do mundo.
O chamado "julgamento do século" terá início em 9 de março e, se condenado, Lee pode passar mais de 20 anos na prisão. Um veredicto tem que ser pronunciado dentro de três meses.
Registros do Tribunal Distrital Central de Seul mostram que Lee contratou uma equipe de 13 advogados para sua defesa, 10 dos quais trabalham para a Bae, Kim & Lee (BKL) – o segundo maior escritório de advocacia do país em termos de pessoal e especializado em litígios.
A firma já defendeu outros chefes de conglomerados sul-coreanos, os chamados chaebol, em casos criminais de grande repercussão, como Chey Tae-won, do SK Group, e Seung-youn, do Hanwha Group.
De acordo com a mídia sul-coreana, dois dos advogados de defesa foram cogitados para a equipe da procuradoria especial que agora enfrentarão na corte.
"Em número podemos estar atrás da equipe extravagante de advogados da Samsung, mas em termos de habilidade e do que conquistamos até agora, vocês não têm com que se preocupar", disse um funcionário da procuradoria especial, que não quis se identificar devido à gravidade do caso.