Por Nadoun Coulibaly
OUAGADOUGOU (Reuters) - Agressores mataram 7 pessoas na capital de Burkina Faso e feriram cerca de 50 outras em um ataque coordenado ao quartel-general do Exército e à embaixada da França, o que um embaixador francês qualificou como um ataque terrorista.
Ninguém assumiu de imediato a autoria da ação, o terceiro maior ataque em Ouagadougou em pouco mais de dois anos.
Ataques anteriores foram realizados por aliados da Al Qaeda em represália à participação de Burkina Faso em um confronto regional contra militantes islâmicos.
Falando na televisão estatal, o porta-voz do governo, Remi Dandjinou, disse que os atiradores não identificados mataram cinco soldados e feriram cerca de 50 outros no quartel-general dos militares. Dois integrantes dos gendarmes paramilitares do país morreram defendendo a embaixada, informou ele.
Um posto médico de emergência foi montado no estádio municipal.
Segundo um comunicado do governo, quatro atiradores foram "neutralizados" na embaixada francesa. O ministro da Defesa disse que três agressores foram mortos no quartel-general do Exército.
A polícia informou que um membro do grupo, que tentou fugir perto do principal mercado da cidade, estava sendo cercado por forças de segurança.
Uma fonte diplomática francesa disse que nenhum cidadão de seu país morreu nos ataques.
Testemunhas afirmaram que homens armados mascarados atacaram a sede do Exército, localizada no centro da cidade, perto das 10h locais.
"Vi pessoas com sacos nas costas atacarem a guarda. Depois ouvi a explosão. Vi soldados fugindo correndo do edifício do quartel-general do Exército", disse a testemunha Kader Sanou à Reuters.