Por David Ljunggren
OTTAWA (Reuters) - O número de canadenses que deixam o país para se unir a grupos militantes no Iraque e na Síria, como o Estado Islâmico, aumentou 50 por cento nos últimos meses, disse nesta segunda-feira um oficial graduado da área de segurança.
"A ameaça terrorista aos interesses de segurança nacional do Canadá nunca foi tão direta e imediata", disse o chefe do Serviço de Inteligência e Segurança do Canadá, Michel Coulombe, a uma comissão do Senado.
O Canadá faz parte de uma coalizão de países que foram alvo de ataques do Estado Islâmico, que controla grandes áreas do Iraque e Síria e quer redesenhar o mapa do Oriente Médio.
Coulombe prestou depoimento no Senado sobre um projeto de lei que o governo divulgou em janeiro que daria ao serviço de inteligência mais poderes para deter ataques terroristas e evitar o movimento de canadenses para se unir a grupos no exterior.
O número total de canadenses que foram para o Iraque e a Síria passou de cerca de 50 pessoas para 75 nos últimos três meses, disse Coulombe.
O chefe do serviço de espionagem canadense não deu motivos para o aumento, nem disse como a agência obteve a informação, nem por que não conseguiram deter os canadenses antes de deixar o país para se unir a esses grupos.
Em outubro do ano passado, segundo Coulombe, cerca de 145 canadenses viajaram ao exterior para participar de atividades relativas ao terrorismo durante um período não especificado de tempo.