WASHINGTON (Reuters) - A ajuda humanitária que está entrando na Faixa de Gaza aumentou muito nos últimos dias, disse o porta-voz de segurança nacional da Casa Branca, John Kirby, nesta segunda-feira, acrescentando que os Estados Unidos precisam que essa ajuda seja mantida.
"A ajuda aumentou drasticamente apenas nos últimos dias", afirmou Kirby em uma entrevista à MSNBC. "Isso é importante, mas precisa ser mantido."
Mais de 2.000 caminhões conseguiram entrar, cerca de 100 somente nas últimas 24 horas, afirmou Kirby em uma entrevista à MSNBC.
No início do mês, o presidente norte-americano, Joe Biden, ameaçou condicionar o apoio à ofensiva de Israel em Gaza à adoção de medidas concretas para proteger os trabalhadores humanitários e os civis.
A medida foi motivada por um ataque israelense que matou sete trabalhadores humanitários da World Central Kitchen. Foi a primeira vez que o governo Biden procurou usar a ajuda dos EUA para influenciar o comportamento militar israelense.
Como Biden disse, Kirby acrescentou em uma entrevista separada na CNBC: "Nossa política com relação a Gaza mudará se não observarmos mudanças significativas ao longo do tempo".
Seis meses após o início da campanha aérea e terrestre de Israel em Gaza, desencadeada pelo ataque do Hamas ao sul de Israel em 7 de outubro, o enclave palestino devastado enfrenta fome e doenças generalizadas, com quase todos os seus habitantes agora desabrigados.
As agências de ajuda humanitária reclamam que Israel não está garantindo acesso suficiente a alimentos, medicamentos e outros suprimentos humanitários necessários.
(Reportagem de Doina Chiacu)