Por Patricia Zengerle e Richard Cowan e David Morgan
WASHINGTON (Reuters) - A Câmara dos Deputados dos Estados Unidos irá avaliar a ajuda a Israel e à Ucrânia como uma legislação separada nesta semana, disse nesta segunda-feira o presidente republicano da Câmara, Mike Johnson, mais de dois meses após o Senado aprovar projeto de lei combinando os dois auxílios.
Ao sair de uma reunião de republicanos da Câmara na noite desta segunda-feira, Johnson disse que a Câmara dividida deve considerar quatro projetos de lei no total, que também incluiriam ajuda a Taiwan, aliados dos EUA no Indo-Pacífico e prioridades de segurança nacional norte-americanas.
"Sabemos que o mundo está nos observando para ver como reagimos", disse Johnson a jornalistas. "Eles estão nos observando para ver se os Estados Unidos defenderão seus aliados e nossos próprios interesses em todo o mundo. E nós o faremos."
A ajuda dos EUA foi adiada pela relutância de Johnson em considerar um projeto de lei bipartidário de 95 bilhões dólares aprovado pelo Senado em fevereiro, incluindo 14 bilhões de dólares para Israel e 60 bilhões de dólares para a Ucrânia.
Johnson disse que os novos projetos de lei da Câmara fornecem aproximadamente o mesmo montante de ajuda externa que o projeto de lei do Senado, mas teriam diferenças, inclusive alguma ajuda na forma de empréstimo.
Os republicanos pretendem divulgar o texto já na manhã da terça-feira, mas precisam aguardar um período de revisão de 72 horas antes da votação. Johnson disse que a votação poderia ocorrer na sexta-feira.
A pressão para aprovar a ajuda ganhou urgência após o ataque de mísseis e drones do Irã a Israel no fim de semana, apesar da forte oposição no Congresso profundamente dividido.
(Reportagem de Patricia Zengerle, David Morgan e Richard Cowan)