Por Madeline Chambers
BERLIM (Reuters) - A indústria musical da Alemanha cancelou seu prestigioso prêmio anual Echo nesta quarta-feira, após uma discussão sobre antissemitismo, horas antes de protestos nacionais marcados em apoio à comunidade judaica em meio a crescentes preocupações sobre hostilidades.
A cerimônia do prêmio Echo de música deste ano para uma dupla de rap acusada de recitar letras antissemitas provocou revolta. Diversos ganhadores anteriores devolveram seus prêmios em protesto.
Centenas de pessoas deverão vestir quipás em protestos nesta noite em Berlim, Colônia e outras cidades, com grupos de judeus tentando gerar indignação por um ataque na semana passada a um árabe israelense que usou um quipá para mostrar que não havia problemas.
Ele acabou sendo submetido a abusos verbais por três pessoas em uma rua de Berlim e foi açoitado com um cinto por um palestino sírio. Um vídeo foi postado na internet.
Aquele ataque ocorreu após relatos de bullying contra crianças judias em escolas e levou o chefe do Conselho Central de Judeus, Josef Schuster, a aconselhar judeus a não usarem quipás em cidades grandes.
O ministro do Exterior da Alemanha, Heiko Maas, disse ao jornal Tagesspiegel que ataques antissemitas eram dirigidos a "todos nós".
"Ninguém pode ser discriminado por conta de sua origem, cor de pele ou religião", disse ele. OLBRENT Reuters Brazil Online Report Entertainment News 20180425T160511+0000