Por Andrea Shalal
BERLIM (Reuters) - A Alemanha e a França lançarão neste mês um programa para desenvolver um sucessor para suas já antigas aeronaves de vigilância marítima em meio aos crescentes temores sobre o aumento das patrulhas de submarinos russos.
A ministra alemã da Defesa, Ursula von der Leyen, e sua contraparte francesa, Florence Parly, planejam assinar uma carta de intenção sobre o novo "Sistema de Guerra Marítima pelo Ar" na feira aérea de Berlim em 27 de abril, informou a Marinha alemã em seu site.
Em julho os dois países concordaram em buscar uma "solução europeia" para substituir os aviões de vigilância marítima existentes e desenvolver um roteiro para esse fim até meados de 2018. A carta de intenção formaliza estes planos e abre caminho para as duas nações harmonizarem seus requisitos militares para a missão marítima.
A iniciativa é parte de um empenho mais amplo de Paris e Berlim para aprofundar sua cooperação em programas de defesa, inclusive esforços para desenvolver um novo caça de combate europeu.
Atualmente a Alemanha usa o P-3C Orion, fabricado pela Lockheed Martin (NYSE:LMT) Corp>, para patrulhar vastas extensões oceânicas à espreita de submarinos e outras ameaças, e a França opera o Atlantique 2, ou ATL2, produzido pela Dassault Aviation nos anos 1980.
As autoridades da Marinha alemã não estavam disponíveis de imediato para comentários adicionais sobre o programa ou sobre como ele se conjugará com um esforço de oito aliados da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), incluindo as próprias França e Alemanha, para cooperar com as "capacidades de aeronaves para missões marítimas multinacionais".
O programa também inclui Canadá, Polônia, Itália, Espanha, Turquia e Grécia.
(Reportagem adicional de Sabine Siebold)