LVIV, Ucrânia (Reuters) - Alguns residentes de Mariupol, na Ucrânia, estão deixando a cidade a pé para escapar do bloqueio russo, já que muitas das iniciativas de desocupação da cidade fracassaram por conta dos bombardeios contínuos conduzidos pelas forças russas, afirmou o governador da região na sexta-feira.
Cerca de 400 mil pessoas estão presas na cidade portuária estratégica há mais de duas semanas, se abrigando de bombardeios pesados que prejudicaram o fornecimento central de eletricidade, aquecimento e água, de acordo com as autoridades locais.
A Rússia nega o bombardeio em áreas residenciais ou o ataque a civis.
Discursando em rede nacional, o governador regional de Donetsk, Pavlo Kyrylenko, disse que cerca de 35 mil pessoas conseguiram deixar a cidade nos últimos dias, muitas delas a pé, ou em comboios de carros particulares.
"A saída de Mariupol sitiada começa com os moradores saindo a pé ou em seus próprios transportes", disse Kyrylenko, acrescentando que alguns carros estavam deixando a cidade sem combustível suficiente para chegar às vilas ou cidades mais próximas.
O governador disse que os bombardeios quase constantes estavam impedindo que as autoridades abrissem corredores humanitários para fornecer itens de ajuda e alimentos à cidade e retirassem mulheres, crianças e os mais necessitados.
A Rússia e a Ucrânia trocam acusações sobre o fracasso dos corredores humanitários.
(Reportagem de Natalia Zinets)