Por Julia Symmes Cobb e Adam Jourdan e Fabian Cambero
BOGOTÁ/BUENOS AIRES/SANTIAGO (Reuters) - Os governos de Colômbia, Argentina e Chile pediram nesta quinta-feira a rápida retirada das tropas russas da Ucrânia, enquanto outros países latino-americanos rejeitaram o uso da força, mas não chegaram a pedir a saída da Rússia.
A Rússia invadiu a Ucrânia por terra, mar e ar nas primeiras horas da manhã desta quinta, no maior ataque de um país contra outro na Europa desde a Segunda Guerra Mundial. O presidente russo, Vladimir Putin, disse que o ataque é uma iniciativa para "desnazificar" a Ucrânia.
"Nós rejeitamos categoricamente a guerra e nos juntamos a todas as vozes da comunidade internacional que hoje clamam por uma rápida retirada das tropas do território ucraniano", afirmou o presidente colombiano, Iván Duque, em um pronunciamento em vídeo.
O Ministério das Relações Exteriores da Argentina pediu em nota que a Rússia cesse as ações militares na Ucrânia, enquanto o Chile disse que irá apoiar as sanções aprovadas pelo Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas.
"Nosso país pede que a Rússia retire suas tropas e especialmente respeite a integridade territorial e a soberania da Ucrânia", disse a ministra chilena das Relações Exteriores, Carolina Valdívia.
O ministro de Relações Exteriores do Equador, Juan Carlos Holguin, também criticou a Rússia, dizendo que o país está violando as leis internacionais, e pediu o encerramento dos conflitos.
O presidente brasileiro, Jair Bolsonaro, que se encontrou recentemente com Putin em Moscou, não mencionou a crise da Ucrânia na quinta-feira em um discurso durante cerimônia em Brasília. Bolsonaro foi duramente criticado pelos Estados Unidos por dizer durante a visita que estava em "solidariedade com a Rússia", sem elaborar.
Já o Ministério das Relações Exteriores pediu em nota o fim das hostilidades na Ucrânia e o início de negociações que levem a uma solução diplomática para o conflito.
(Reportagem de Julia Symmes Cobb em Bogotá, Adam Jourdan em Buenos Aires e Fabian Cambero em Santiago, reportagem adicional de Lisandra Paraguassu em Brasília e Gabriel Stargardter no Rio de Janeiro)