VILNIUS (Reuters) - Os aliados da Otan chegaram a um acordo nesta segunda-feira sobre planos regionais detalhando como a aliança responderia a um ataque russo, superando um bloqueio turco um dia antes de os líderes se reunirem para uma cúpula em Vilnius, disseram três diplomatas à Reuters.
Durante décadas, a Otan não viu necessidade de planos de defesa em larga escala, pois lutou em guerras menores no Afeganistão e no Iraque e sentiu que a Rússia pós-soviética não representava mais uma ameaça existencial.
Mas com a guerra mais sangrenta da Europa desde 1945 ocorrendo um pouco além de suas fronteiras na Ucrânia, agora a Otan está alertando que precisa ter tudo planejado bem antes que um conflito com um adversário como Moscou possa irromper.
A Turquia estava bloqueando a aprovação dos planos sobre a redação de localizações geográficas como Chipre.
Os líderes da Otan se reúnem na capital da Lituânia terça e quarta-feira para uma cúpula que discutirá a adesão da Suécia e o futuro relacionamento da aliança com a Ucrânia.
Ao delinear seus planos regionais, a Otan também dará orientação aos países sobre como atualizar suas forças e logística.
A necessidade de financiar essa mudança fundamental é uma das razões pelas quais os líderes estão decididos a aumentar a meta de gastos militares da aliança em Vilnius, tornando a meta atual de 2% do PIB nacional um requisito mínimo.
Autoridades da Otan estimam que levará alguns anos para que os planos sejam totalmente implementados, embora enfatizem que a aliança pode entrar em combate imediatamente, se necessário.
(Reportagem de Sabine Siebold; reportagem adicional de Andrius Sytas)