Por Anastasia Moloney
BOGOTÁ (Thomson Reuters Foundation) - Governos da América Latina prometeram trabalhar para terminar com a fome dentro de uma década e ao mesmo tempo combater na região um aumento epidêmico de obesidade, considerada uma forma de má nutrição.
Numa reunião regional da agência das Nações Unidas para agricultura e alimentação (FAO), representantes de governos da América Latina e do Caribe traçaram planos para acelerar a redução da fome, que diminuiu pela metade na região nos últimos 25 anos.
Ao mesmo tempo, é necessário prestar muito mais atenção ao combate da obesidade, particularmente entre mulheres, numa região onde quase um quarto de todos os adultos é formado por obesos, disse a FAO.
"Países têm sido muito claros: a prioridade regional é erradicar a fome até 2025”, afirmou José Graziano da Silva, chefe da FAO, na reunião na Cidade do México, terminada na quinta-feira.
Esforços para combater a fome vão ter como foco o “corredor seco” da América Central, que atravessa Guatemala, El Salvador e Honduras, onde milhões de pessoas têm sido afetadas por uma seca prolongada, agravada pelas mudanças climáticas.
"Hoje, mudanças climáticas tornam essas secas mais erráticas, prolongadas e imprevisíveis”, afirmou Graziano.
Segundo ele, a América Latina e o Caribe podem ser a primeira região a conseguir dois dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU, erradicando fome e pobreza, cinco anos antes de 2030, prazo dado como meta.