Por Anastasia Moloney
BOGOTÁ (Thomson Reuters Foundation) - A América Latina é a região mais mortal para ativistas de direitos humanos, com vários sendo mortos ao defenderem direitos à terra, ambientais, direitos LGBT e de indígenas, afirmou um grupo nesta quarta-feira.
Nos primeiros 11 meses de 2015, 156 defensores dos direitos humanos foram assassinatos no mundo ou mortos quando em custódia, quase 15 por cento a mais do que no ano anterior, com mais da metade das mortes ocorrendo na América Latina, e com 54 assassinatos só na Colômbia, segundo um relatório do Front Line Defenders.
"Defender direitos humanos na América Latina continua extremamente perigoso, e a criminalização da defesa dos direitos humanos e dos movimentos de protesto pacífico persiste. O tema mais preocupante permanece sendo a violência extrema", afirmou o relatório do grupo com sede em Dublin.
Fora das Américas, as Filipinas foi o país com pior resultado, com 31 mortes de ativistas de direitos humanos, disse o relatório.
A perseguição e o assédio a ativistas de direitos humanos no mundo incluem ameaça de morte, prisão arbitrária, ataque físico, brutalidade policial e a invasão de casas e escritórios, segundo o relatório.
"Defensores de direitos humanos enfrentam ambientes cada vez mais restritos e brutais em cada região do globo", disse Mary Lawlor, chefe do Front Line Defenders, no lançamento do relatório anual em Dublin.
"Violência extrema tem sido usada de forma mais frequente e em mais países, enquanto processos fabricados e julgamentos injustos têm se tornado a norma em muitas partes do mundo", declarou ela.