Por Phil Stewart
WASHINGTON (Reuters) - Uma investigação sobre o envio de bactérias de antraz de uma instalação militar dos Estados Unidos por engano revelou mais uma amostra viva, esta de uma leva de 2008 enviada à Austrália, declarou uma autoridade da Defesa norte-americana nesta sexta-feira.
A revelação, se confirmada, aponta a possibilidade de um problema mais abrangente com amostras de antraz que deveriam ter se transformado em bactérias inativas no Centro de Testes Dugway do Exército, no Estado de Utah.
Supostas amostras vivas oriundas de Dugway foram rastreadas e se sabe que foram enviadas a nove Estados norte-americanos e a uma base aérea dos EUA na Coreia do Sul durante um período que vai de março de 2014 a abril de 2015 antes de serem descobertas neste mês.
Os militares dos EUA dizem não ter conhecimento de infecções suspeitas ou de riscos ao público em geral. Quatro civis do país começaram a adotar medidas preventivas que normalmente incluem a vacina contra antraz, antibióticos ou ambos.
Na base sul-coreana, 22 pessoas também foram submetidas a ações médicas preventivas, embora nenhuma delas mostre sinais de ter sido exposta.
O Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos (CDC, na sigla em inglês) iniciou uma investigação.
Pouco se sabe sobre a amostra enviada à Austrália, incluindo o tipo de laboratório que a recebeu.
A fonte da Defesa, falando sob condição de anonimato, afirmou que a amostra foi testada depois da recente revelação como parte do inquérito em curso sobre a manipulação de amostras de antraz. O Pentágono não quis comentar, declarando estar reunindo informações.