PARIS (Reuters) - A França não precisa de autorização de outros Estados para tentar baixar as tensões com o Irã, disse seu ministro das Relações Exteriores nesta sexta-feira depois que o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, acusou o presidente Emmanuel Macron de enviar "sinais ambíguos" a Teerã.
"A França fala por si mesma como poder soberano em relação ao Irã", disse o chanceler, Jean-Yves Le Drian, em um comunicado por escrito.
"A França está profundamente comprometida com a paz e a segurança na região, está comprometida a apaziguar as tensões e não precisa de nenhuma autorização para fazê-lo."
Na quinta-feira, Trump disse que ninguém está autorizado a falar com o Irã em nome de seu país em reação a uma reportagem do início desta semana segundo a qual Macron convidou o presidente iraniano, Hassan Rouhani, à cúpula do G7 deste mês para se encontrar com o líder norte-americano.
Um diplomata francês negou que o convite foi feito.
França, Reino Unido e Alemanha, os maiores aliados europeus de Washington, estão em atrito com o governo Trump em relação ao Irã desde o ano passado, quando Trump retirou os EUA de um acordo internacional para dar ao Irã acesso ao comércio mundial em troca de limites em seu programa nuclear.
Embora os europeus digam que compartilham os temores dos EUA sobre o comportamento regional do Irã e seu programa de mísseis, acreditam que sair do acordo nuclear foi um erro.