Por Scott Malone
BOSTON (Reuters) - A taxa de aprovação do papa Francisco caiu nos Estados Unidos durante os últimos 12 meses, de acordo com uma nova pesquisa, à medida que o pontífice perdeu pontos com conservadores e católicos em razão de seu alerta enfático sobre o meio ambiente e sua crítica aos excessos do capitalismo.
O papa, que vai visitar os EUA em setembro, ainda é visto com simpatia pela maioria dos norte-americanos - 59 por cento disseram ao instituto Gallup que o veem de maneira favorável. Essa cifra estava em 76 por cento um ano atrás, mas ainda fica em linha com o índice de aprovação de Francisco logo depois que foi escolhido para liderar a igreja em março de 2013.
A popularidade do papa caiu mais entre adultos norte-americanos que se identificam como conservadores, entre os quais só 45 por cento mostraram opinião favorável sobre o argentino em uma pesquisa realizada entre 8 e 12 de julho. Foi uma queda em relação aos 72 por cento que o viam com bons olhos em fevereiro de 2014. Cerca de 71 por cento dos católicos dos EUA disseram aprovar o papa, mas eram 89 por cento um ano atrás.
O declínio acontece no momento em que Francisco mudou o foco de seus comentários públicos em relação a seus antecessores, concentrando-se menos na oposição da igreja ao aborto e ao casamento gay e dedicando mais tempo à discussão da desigualdade social e da pobreza.
"Isso está incomodando as pessoas", disse o reverendo James Bretzke, professor de teologia do Boston College, que, assim como Francisco, é um jesuíta.
Sua encíclica ambiental, "Laudato Si" (Louvado Seja), primeiro pronunciamento papal a se ocupar da mudança climática, recebeu uma resposta morna dos pré-candidatos presidenciais republicanos dos EUA, entre ele o ex-governador da Flórida Jeb Bush e o senador Marco Rubio, ambos católicos.
O levantamento, que ouviu 1.009 adultos norte-americanos, tem margem de erro de 4 pontos percentuais.
((Tradução Redação Rio de Janeiro; 55 21 2223-7128))
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