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Aquecimento global irá prejudicar quatro quintos dos oceanos até 2050, diz estudo

Publicado 07.03.2017, 16:02
Atualizado 07.03.2017, 16:10
© Reuters. Vista aérea do Oceano Atlântico em Libreville, capital do Gabão

Por Alister Doyle

OSLO (Reuters) - O aquecimento global irá prejudicar quatro quintos dos oceanos do mundo até 2050 se as emissões de gases de efeito estufa continuarem a aumentar, ameaçando os peixes que são a principal fonte de alimento de um bilhão de pessoas, alertaram cientistas nesta terça-feira.

Conter as emissões de origem humana, porém, daria mais tempo para a vida marinha se adaptar ao aumento das temperaturas ou para espécies que vão das algas ao bacalhau se mudarem para águas mais frias mais próximas dos polos, disseram.

"Até 2050, cerca de quatro quintos da superfície oceânica serão afetados pela acidificação oceânica e pelo aquecimento oceânico", disse a principal autora do estudo, Stephanie Henson, do Centro Oceanográfico Nacional Britânico de Southampton, à Reuters sobre as descobertas.

O dióxido de carbono, o principal gás de efeito estufa, forma um ácido fraco na água. Atualmente, só cerca de 10 por cento dos oceanos estão sob estresse devido aos impactos duplos das temperaturas altas e da acidificação, disse ela.

Os cortes nas emissões de gases de efeito estufa, em consonância com as metas estabelecidas por quase 200 nações signatárias do Acordo de Paris de 2015 contra a mudança climática, poderiam limitar o dano a dois terços dos oceanos até 2050, dando mais tempo de adaptação à vida marinha, segundo os cientistas.

A diminuição da quantidade de oxigênio nas águas e a redução de nutrientes, ambos ligados à mudança climática, aumentariam o estresse nos oceanos neste século, escreveram.

Mensurar este impacto é importante porque um de cada sete habitantes do mundo, ou cerca de um bilhão de pessoas, depende dos oceanos como fonte principal de proteína, de acordo com especialistas de Alemanha, Estados Unidos, França, Noruega e Reino Unido.

© Reuters. Vista aérea do Oceano Atlântico em Libreville, capital do Gabão

Os efeitos em espécies individuais – como lagostas, arenques, tubarões ou baleias – e na vida oceânica como um todo são "pouco compreendidos", escreveram no periódico científico Nature Communications.

    Mas existem sinais de que a vida marinha pode resistir à mudança. Peixes-donzela de cores brilhantes encontrados em corais como a Grande Barreira de Coral da Austrália conseguem se adaptar às temperaturas altas no espaço de algumas gerações, argumentaram.

Muitas espécies de peixes, como o bacalhau e o hadoque, estão se mudando para o norte do Oceano Atlântico em busca de águas mais frescas.

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