RIAD (Reuters) - Autoridades sauditas liberaram todos os detidos restantes no luxuoso hotel Ritz-Carlton de Riad, que estava sendo usado como um centro de interrogatórios em uma operação contra corrupção, disse uma autoridade da Arábia Saudita nesta terça-feira.
A notícia sugere que a repressão que já dura três meses, na qual dezenas de importantes autoridades e empresários foram detidos por investigadores que buscam apreender cerca de 100 bilhões de dólares em ativos ilícitos, está chegando ao fim.
"Não há mais nenhum detido restante no Ritz-Carlton", disse a autoridade à Reuters, falando sob condição de anonimato.
A autoridade não disse quantos suspeitos permanecem detidos em outros locais na Arábia Saudita. Acredita-se que alguns foram transferidos do hotel para prisões, após se recusarem a admitir que haviam cometido irregularidades e a chegar a acordos financeiros com autoridades.
Na semana passada, o procurador-geral da Arábia Saudita disse que a maior parte dos detidos em todo país chegou a acordos com a Justiça, 90 foram liberados depois que as acusações foram abandonadas e que 95 permaneciam sob custódia. Alguns casos irão a julgamento.
O hotel Ritz-Carlton de Riad tem 492 quartos e suítes e 21 hectares de jardins paisagísticos, de acordo com seu site. O hotel disse que irá reabrir para o público no meio de fevereiro, com a diária de seu quarto mais barato custando o equivalente a 650 dólares.
(Reportagem de Samia Nakhoul e Stephen Kalin)