BUENOS AIRES (Reuters) - Um procurado ex-chefe de espionagem, acusado pelo governo da Argentina de envolvimento na obscura morte de um promotor federal em janeiro, voou para do Brasil para os Estado Unidos um mês depois do crime, disse o Ministério de Segurança argentino nesta terça-feira.
O ministério disse que a Interpol no Brasil forneceu a informação sobre Antonio Stiuso, um antigo chefe de operações no hoje desmantelado Secretariado de Inteligência, após a emissão de uma alerta internacional em busca de informações sobre a localização de Stiuso, no mês passado.
O governo argentino suspeita que Stiuso esteja buscando refúgio nos EUA e criticou Washington por não responder aos reiterados questionamentos sobre o paradeiro do experiente espião.
"Um relatório similar é necessário da Interpol em Washington", disse o Ministério de Segurança em um comunicado.
Stiuso voou de Porto Alegre para Miami em 19 de fevereiro usando um passaporte italiano, de acordo com o relatório da Interpol no Brasil, afirmou o governo argentino. A Interpol não quis comentar.
As relações entre a Argentina e os EUA tem se deteriorado desde a eleição da presidente argentina, Cristina Kirchner, que critica com frequência os poderes imperialistas e o apetite dos mercados financeiros do Ocidente.