BEIRUTE/AMÃ (Reuters) - O presidente da Síria, Bashar al-Assad, está prestes a retomar o controle da fronteira com as Colinas de Golã ocupadas por Israel agora que combatentes rebeldes da área concordaram com os termos de uma rendição, disseram fontes dos dois lados nesta quinta-feira.
Os rebeldes da província de Al-Quneitra, na divisa com o território de controle israelense, concordaram em aceitar uma passagem livre para a província rebelada de Idlib, no noroeste, ou permanecer na área nos termos do Estado, segundo detalhes divulgados por um veículo de notícias do Hezbollah e uma fonte dos insurgentes.
O grupo libanês Hezbollah luta na Síria em defesa de Assad.
A manobra marcaria outra grande vitória para Assad, que recuperou porções do sudoeste sírio no último mês graças a uma ofensiva apoiada pela Rússia que já obrigou muitos rebeldes a se renderem.
A reportagem do veículo de notícias militar do Hezbollah disse que o acordo estipulou "a volta do Exército sírio, representado pelas 90a e 61a brigadas, às posições em que estava antes de 2011".
Uma cópia do acordo enviada à Reuters por uma fonte rebelde inclui uma cláusula segundo a qual a polícia militar russa acompanhará as duas mesmas brigadas do Exército "para a linha de cessar-fogo e a zona desmilitarizada, de acordo com o acordo de 1974".
A zona desmilitarizada das Colinas de Golã foi estabelecida em 1974, depois da Guerra do Yom Kippur do ano anterior.