QUETTA, Paquistão (Reuters) - Um atentado suicida deixou 70 mortos em um comício no sudoeste do Paquistão no segundo ataque relacionado à eleição nesta sexta-feira, disseram autoridades, em meio a crescentes tensões sobre o retorno do primeiro-ministro destituído Nawaz Sharif ao país antes da votação do dia 25 de julho.
O ataque foi o mais letal realizado no Paquistão em mais de um ano e é o terceiro incidente de violência relacionada à eleição apenas nesta semana.
O ato acontece no momento em que o governo provisório do Paquistão lança uma ofensiva contra aglomerações políticas com Sharif, que foi deposto pela Suprema Corte no ano passado e condenado por corrupção na última semana, retornando ao país nesta sexta-feira para apoiar seu partido antes das eleições.
O ministro da Saúde provisório do Baluchistão, Faiz Kakar, disse à Reuters que 70 pessoas morreram no ataque, com mais de 120 feridos.
Qaim Lashari, importante autoridade da polícia, havia dito que mais de mil pessoas estavam participando do comício na cidade de Mastung, na província de Baluchistão.
Entre os mortos está o candidato à Assembleia da Província do Baluchistão Siraj Raisani, cujo irmão Nawab Aslam Raisani foi ministro-chefe da província de 2008 a 2013.
Raisani é o segundo candidato a ser morto no Paquistão em casos de violência pré-eleitoral nesta semana.
Mais cedo nesta sexta-feira, uma explosão matou quatro pessoas na cidade de Bannu, atingindo o comboio de campanha de Akram Khan Durrani, um aliado do partido de Sharif.
(Reportagem de Gul Yousafzai in Quetta)