COLÔNIA, Alemanha (Reuters) - A almirante dos Fuzileiros Navais dos Estados Unidos Michelle Howard disse neste sábado que ataques de mísseis de cruzeiro dos EUA contra uma base aérea na Síria destruíram os meios de entrega de armas químicas a partir daquela base e que as forças militares norte-americanas continuam prontas para realizar mais ataques caso necessário.
Howard, autoridade de quatro estrelas que lidera as Forças Navais dos EUA na Europa e África, disse à Reuters que os EUA decidiram realizar ataque após a Organização das Nações Unidas (ONU) falhar em aprovar uma resolução condenando o ataque mortal com armas químicas, que matou dezenas de pessoas em Khan Sheikhoun, área tomada por rebeldes.
Washington culpou o governo da Síria pelo ataque químico na terça-feira.
O governo sírio negou firmemente responsabilidade e disse que as mortes foram causadas por vazamentos de um galpão de armas químicas de rebeldes, que teria sido atingido por ataque aéreo sírio.
“Realizamos ataques aéreos contra um aeródromo que era o meio pelo qual os químicos eram lançados ao ar. Este meio não existe agora”, disse Howard em uma entrevista durante evento de defesa em Colônia, na Alemanha. “Vimos o uso irregular de armas químicas e pensamos ‘Ok, temos que enviar uma mensagem muito clara’."
Perguntada sobre o plano militar dos EUA sobre como lidar com quaisquer possíveis novos ataques, Howard disse que as forças militares estão prontas para responder caso outras opções civis fracassem.
“À medida que a liderança civil trabalha através de quais são suas opções, caso outras opções não tenham efeito, então é geralmente a força militar que é convidada a fazer algo.”
Howard se negou a dar mais detalhes sobre o plano de voo dos mísseis ou a avaliação militar norte-americana dos danos causados, mas disse estar confiante de que os ataques atingiram os alvos desejados.
“A intenção era anular o aeródromo e remover os meios de entrega de armas químicas. Sinto que isto foi cumprido”, disse.
Os mísseis de cruzeiro foram lançados por dois navios na região europeia, o USS Porter e USS Ross.
(Por Andrea Shalal)