BEIRUTE (Reuters) - O Observatório Sírio para os Direitos Humanos, um grupo de monitoramento com base no Reino Unido, disse nesta quinta-feira que pelo menos 38 civis foram mortos em ataques aéreos realizados pela coalizão liderada pelos Estados Unidos na província de Hasaka, no nordeste da Síria, nos últimos dois dias.
Os EUA e os seus aliados estão realizando ataques aéreos na região contra o Estado Islâmico, que controla partes da província, mas que tem perdido território nos últimos meses.
Hasaka é vizinha da província de Deir al-Zor, controlada em sua maior parte pelo Estado Islâmico, e de Raqqa, a capital de fato do grupo na Síria.
O número de mortos divulgado pelo Observatório, que segue o conflito por intermédio de uma rede de contatos na Síria, inclui pelo menos 15 pessoas vítimas de um ataque que atingiu uma padaria na cidade de al-Shadai, perto da fronteira com o Iraque, na terça-feira.
Ações aéreas em pelo menos três outras vilas mataram mais 15 pessoas na quinta-feira, incluindo três crianças, enquanto mais oito civis morreram em ataques em outros locais. A Reuters não teve como confirmar os relatos de forma independente.
O general Charles Brown, chefe do Comando Central da Força Aérea dos EUA, declarou que estava ciente dos relatos sobre mortes entre civis. A coalizão começaria a avaliar a credibilidade desses relatos e iniciaria uma investigação se necessário, disse ele. “Eu sei que realmente nós estávamos atacando essa área nos últimos dias.”
Ações separadas perto da cidade de Houl, próxima à fronteira iraquiana, e mais ao sul mataram 35 combatentes do Estado Islâmico, segundo o Observatório.
(Reportagem de John Davison em Beirute)