BAGDÁ (Reuters) - Três ataques suicidas reivindicados pelo Estado Islâmico mataram pelo menos 60 pessoas no sul do Iraque nesta quinta-feira, informaram fontes policiais e de saúde, sugerindo uma mudança nas táticas do grupo radical.
Autoridades de segurança iraquianas e curdas dizem que os militantes sunitas provavelmente travarão uma guerra de guerrilha no Iraque depois que seu auto-proclamado califado em Mosul entrou em colapso.
O Estado Islâmico também está sob cerco na cidade síria de Raqqa, sua base operacional para ataques no Oriente Médio e no Ocidente.
Autoridades de segurança descreveram os ataques de quinta-feira como uma tentativa de enviar uma mensagem aos seguidores do Estado Islâmico, de que o grupo ainda é forte e pode operar em outras partes do Iraque após suas perdas territoriais.
"Depois de perder a guerra no Iraque e o encolhimento de seu poder, o Estado Islâmico retornou ao seu antigo estilo de insurgência, realizando ataques suicidas, o que é um claro sinal de que o grupo terrorista está recuando", disse o coronel de inteligência policial Murtatha al -Yassiri.
Vestindo uniformes da força de segurança e dirigindo veículos do Exército roubados, os agressores atacaram um posto de controle da polícia e dois restaurantes em uma rodovia perto da cidade de Nassiriya, usando carros-bomba e coletes suicidas, disseram as fontes.
Pelo menos 100 pessoas ficaram feridas, informou a polícia.
Um comunicado divulgado pela agência de notícias Amaq, que apoia o Estado Islâmico, disse que os combatentes do grupo radical muçulmano sunita atacaram e mataram "dezenas de xiitas".
(Por Ahmed Rasheed e Aref Mohammed)