Por Brendan O'Brien e Bernie Woodall
(Reuters) - Stormy Daniels, a atriz pornô que disse ter tido um caso com Donald Trump antes de ele se tornar presidente dos Estados Unidos, foi presa em uma boate de striptease no Estado de Ohio, mas as acusações foram retiradas e seu advogado chamou a prisão de uma armação com motivações políticas.
Stormy, cujo nome verdadeiro é Stephanie Clifford, foi presa em uma boate sob acusação de ter tocado três clientes que eram detetives sob disfarce no incidente do início da manhã, disse a polícia de Columbus, capital de Ohio, em nota. Seu advogado, Michael Avenatti, disse que o toque foi "não sexual".
Registros judiciais online mostraram que as três acusações do delito de operar ilegalmente um negócio sexualmente orientado relacionado a reconhecidamente tocar um cliente foram retiradas.
De acordo com a lei de Ohio, os patronos de clube de striptease e os funcionários nus ou semi-nus não podem se tocar.
O advogado da cidade de Columbus, Zach Klein, disse que seu gabinete havia concluído que Daniels não cometeu nenhum crime porque ela não se apresentava regularmente na boate, como é exigido pela lei, e confirmou que as acusações foram dispensadas.
Klein disse que seu gabinete não estava envolvido no que chamou de "operação emboscada".
O advogado da atriz pornô afirmou mais cedo no Twitter: "isso foi uma armação e com motivações políticas. Soa como desespero. Nós lutaremos contra todas acusações fictícias".
A polícia de Columbus disse que a prisão de Daniels e outras duas mulheres no Sirens Gentlemen's Club era parte de uma longa investigação sobre alegações de tráfico humano, prostituição e outras violações relacionadas a vício em clubes de entretenimento adulto na cidade.
O advogado da atriz pornô disse à MSNBC que sua cliente foi liberada após pagamento de fiança de 6 mil dólares e que não espera que esse caso afete os processos que move contra Trump.
Stormy, de 39 anos, moveu duas ações civis contra Trump, com quem ela disse ter tido um encontro sexual em 2006, uma década antes de ele ser eleito presidente. Uma das ações busca sair de um acordo de confidencialidade que ela assinou no mês anterior às eleições de 2016 em troca de 130 mil dólares para manter o affair em segredo, enquanto o outro é por difamação. Trump negou o affair.
(Reportagem de Brendan O'Brien em Milwaukee e Bernie Woodwall em Fort Lauderdale; Reportagem adicional de Susan Heavey em Washington)