DUBAI (Reuters) - A mais alta autoridade religiosa da Arábia Saudita chamou cinemas e apresentações de cantores de prejudiciais e corruptores, em uma ação que pode complicar esforços do governo de introduzir reformas culturais no reino conservador.
Os comentários do grão-mufti da Árabia Saudita, Sheikh Abdulaziz Al al-Sheikh, publicados em seu site, dizem que cinemas e entretenimento contínuo podem abrir a porta para filmes estrangeiros "ateístas ou podres" e encorajar a mistura dos sexos.
Cinemas e apresentações musicais públicas já são proibidos no reino islâmico conservador, mas o governo prometeu uma revolução no cenário cultural com um conjunto de reformas anunciado no ano passado como "Visão 2030" pelo vice-príncipe Mohammed bin Salman bin Abdulaziz.
O chefe da Autoridade Geral de Entretenimento, Amr al-Madani, gerou debates na semana passada ao levantar a possibilidade de abrir cinemas e palcos de shows neste ano.
O jornal Saudi Gazette citou Madani como tendo dito que o cantor saudita Mohammed Abdo irá se apresentar na cidade portuária de Jeddah em breve. Até o momento, cantores são limitados a se apresentar em reuniões privadas.
(Reportagem de Sami Aboud) OLBRENT Reuters Brazil Online Report Entertainment News 20170114T183052+0000