Por Dante Carrer
MARSH HARBOUR, Bahamas (Reuters) - Sobreviventes do furacão Dorian estiveram nesta quarta-feira entre os destroços de suas casas destruídas por fortes ventos, sofreram com geradores de combustível e ficaram em filas por alimentos depois de uma das mais poderosas tempestades já registradas no Caribe devastar partes das Bahamas.
A tempestade a causar mais danos à ilha, Dorian matou pelo menos sete pessoas, mas o escopo da destruição e da crise humanitária ainda está entrando em foco, com um vídeo aéreo das Ilhas Àbaco, no norte das Bahamas, mostrando uma ampla devastação.
Nos Estados Unidos, a Carolina do Sul estava se preparando para a tempestade e para grandes enchentes, quando o Dorian atingir sua costa, entre quinta e sexta-feira.
“Estamos no meio de uma das maiores crises nacionais da história do nosso país”, disse o primeiro-ministro das Bahamas, Hubert Minnis, em uma entrevista coletiva. “Podemos esperar mais mortes. Essa é apenas informação preliminar.”
Após devastar o Caribe como um dos mais poderosos furacões já registrados, os ventos do Dorian diminuíram de velocidade na terça-feira, tornando-o uma tempestade Categoria 2, na escala de intensidade Saffir-Simpson, com cinco níveis. Manteve o nível na quarta-feira, mas a previsão alertou que continuava perigoso à medida em que se aproxima da costa sudeste dos Estados Unidos.
PERIGO DE TEMPESTADE
O Centro Nacional de Furacões (NHC, na sigla em inglês), emitiu um alerta que cobre toda a extensão das costas da Georgia, Carolina do Sul e Carolina do Norte.
“O alerta significa que há danos de inundações que colocam vidas em risco, de aumento do nível de água entrando na terra a partir da costa, durante as próximas 36 horas”, disse o centro de furacões.
Pete Gaynor, administrador interino da Agência Federal de Administração de Emergências, disse em entrevista coletiva que 10.000 tropas federais e da Guarda Nacional foram deslocadas nos quatro Estados, 40.000 especialistas estava prontos para restaurar danos às linhas de energia, e 1.250 caminhões foram carregados com comida e água.
O governador da Georgia, Brian Kemp, estendeu o estado de emergência para cobrir 21 condados. A emergência estende-se a 900.000 habitantes da Georgia, 400.000 dos quais foram ordenados a se retirar, segundo a Administração de Emergência estadual e à Agência de Segurança Nacional.
A Flórida evitou contato direto com o Dorian.
“Certamente tivemos sorte na Florida e agora se pudermos ter sorte na Georgia, na Carolina do Norte e na Carolina do Sul”, disse o presidente Donald Trump, a repórteres, no Salão Oval.
Trump afirmou que os Estados Unidos estavam enviando suprimentos às Bahamas, incluindo materiais que originalmente haviam sido destinados às vítimas do Dorian na Flórida.