Por Jill Serjeant
LOS ANGELES (Reuters) - "Me Chame Pelo Seu Nome" se tornou um marco da ficção romântica gay quando foi lançado em 2007, mas os responsáveis por uma nova versão cinematográfica dizem que ele tem apelo para qualquer pessoa que goste de uma boa história de amor.
Estrelado por Timothee Chalamet, que vive um jovem de 17 anos na Itália dos anos 1980, e Armie Hammer no papel de um acadêmico norte-americano em visita, "Me Chame Pelo Seu Nome" é a história sensual de um primeiro amor vivida durante um verão idílico e voluptuoso.
Baseado no romance do escritor norte-americano André Aciman, o filme chega aos cinemas dos Estados Unidos na sexta-feira, 11 anos depois de "O Segredo de Brokeback Mountain", que trata de um romance entre caubóis, conquistar três Oscars e se tornar um fenômeno cultural.
Como este último, "Me Chame Pelo Seu Nome" mostra seus protagonistas em seus próprios termos, sem julgamento ou estereótipos, e também está gerando especulações sobre prêmios em Hollywood – nesta semana ele recebeu seis indicações ao Independent Spirit, incluindo as de melhor ator, melhor ator coadjuvante e melhor filme.
"Você vai conseguir assisti-lo e lembrar a primeira vez que ficou apaixonado por alguém, ou que deu seu coração a alguém, ou que partiram seu coração. Estas são emoções humanas essenciais, básicas, com as quais qualquer um pode se identificar", disse Hammer.
"Então deixe qualquer preconceito ou ideia pré-concebida de lado e vá de mente aberta".
O diretor italiano Luca Guadagnino disse que demorou 10 anos para fazer o filme, em parte por causa do financiamento e em parte por se tratar de um drama sutil e de ritmo lento.
"Não é um filme de ação, não há um vilão. Ele trata destas pessoas. Elas se amam e querem se tornar pessoas melhores. Talvez isso tenha parecido um pouco estranho para o mercado", disse.
Chalamet, de 21 anos, e Hammer passaram três semanas cruciais na Itália antes da filmagem para construir o relacionamento, grande parte do qual se revela em olhares e palavras não ditas.
"Este filme vive e morre na honestidade e na verdade da química e do romance que acontece entre estas duas pessoas... é uma coisa desafiadora, como ator, ficar tão vulnerável, honesto, aberto e exposto emocionalmente, não somente para outra pessoa, mas para uma câmera", contou Hammer.
Já Guadagnino disse que a produção de baixo orçamento foi "um chamado ao dever".