Por Jeff Mason
WASHINGTON (Reuters) - O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, disse nesta quinta-feira que está iniciando um "esforço de todo o governo", incluindo o advogado da Casa Branca, para combater um nova lei de aborto rigorosa do Texas que uma decisão da Suprema Corte manteve.
Biden, democrata e católico que guinou para a esquerda no tema do aborto nos últimos anos para se alinhar mais à base de seu partido, classificou a lei que proíbe o aborto depois de seis semanas como "uma agressão inédita aos direitos constitucionais de uma mulher".
Em um comunicado, ele disse que está orientando o escritório do conselheiro legal da Casa Branca e seu Conselho de Política de Gênero a analisarem como o governo poderia "garantir que as mulheres do Texas tenham acesso a abortos seguros e legais... e quais ferramentas legais temos para blindar as mulheres e os provedores de serviço do impacto do esquema bizarro do Texas de fiscalização terceirizado a elementos particulares".
A Casa Branca estudará especificamente quais medidas podem ser adotadas através do Departamento de Saúde e do Departamento de Justiça, disse Biden.
A Casa Branca pede a "codificação" dos direitos ao aborto atualmente protegidos pelo veredicto Roe versus Wade de 1973 por meio de uma legislação do Congresso, mas não delineou nenhuma medida precisa para apoiar tal lei.
Uma pesquisa Reuters/Ipsos de junho mostrou que uma variedade de norte-americanos acredita que o aborto deveria ser legal até o feto poder viver por conta própria e que ainda apoia majoritariamente o veredicto Roe versus Wade.
As respostas estão divididas segundo as linhas partidárias, com 70% dos democratas, 35% dos republicanos e 47% dos independentes concordando que o aborto deve ser legal na maioria ou em todos os casos.
(Reportagem adicional de Susan Heavey)