ZURIQUE (Reuters) - O presidente da Fifa, Joseph Blatter, visitou o emir do Catar neste domingo e afirmou que, embora o país-sede da Copa do Mundo de 2022 tenha conquistado melhorias nas condições dos trabalhadores nas obras do Mundial, ainda há muito a ser feito.
"É animador ouvir o compromisso pessoal do emir para com o bem-estar dos trabalhadores e ter uma noção das melhorias planejadas para todos os trabalhadores no Catar", disse Blatter em comunicado da Fifa após se encontrar com o xeique Tamim bin Hamad Al Thani.
"Como muito grupos ativistas pelos direitos humanos notaram recentemente, já houve progresso, especialmente no que diz respeito aos padrões introduzidos pelo Comitê Supremo (organizador local da Copa do Mundo) nas áreas em construção para 2022", afirmou.
"Mas ainda há mais a ser feito no Catar de forma a assegurar condições justas e uniformes para todos. Isso só será possível por meio do esforço coletivo de todos as partes interessadas --das empresas de construção às autoridades", acrescentou.
"Está claro que o Catar deve assumir sua responsabilidade como país-sede de forma séria e ver a Copa do Mundo da Fifa como elemento catalisador para uma mudança social positiva."
O Catar tem sido fortemente criticado pelo tratamento dado aos trabalhadores migrantes, especialmente de Nepal e Índia, empregados na indústria da construção civil.
O país anunciou reformas trabalhistas em maio de 2014, embora algumas organizações como a Confederação Sindical Internacional (ITUC, na sigla em inglês) e a Anistia Internacional argumentem que estas reformas ainda não trouxeram impacto.
O órgão máximo do futebol internacional também foi criticado por não fazer o suficiente para assegurar que os trabalhadores envolvidos nos projetos de construção para a Copa do Mundo sejam protegidos.
O comitê executivo da Fifa vai discutir as condições dos trabalhadores no Catar em reunião em Zurique nas próximas quinta e sexta-feira.
(por Brian Homewood) OLBRSPORT Reuters Brazil Online Report Sports News 20150315T171531+0000