Por Daniela Desantis
ASSUNÇÃO (Reuters) - Times envolvidos em incidentes de racismo devem sofrer punições mais severas, como a dedução de pontos nas ligas, disse o presidente da Fifa, Joseph Blatter, nesta quarta-feira.
"O maior problema que nós tivemos recentemente neste continente é o racismo, discriminação. Isto é inaceitável", disse Blatter na sede da Confederação Sul-Americana de Futebol (Conmebol), em Assunção, no Paraguai.
"Nós precisamos deduzir pontos, banir um time. No momento que tivermos coragem para fazer isto, a discriminação vai acabar", disse o suíço aos presidentes das confederações de futebol da América do Sul e a outras autoridades da Conmebol.
O caso mais recente na América do Sul envolveu o atacante Luis Tejada, do clube peruano Juan Aurich, em que o jogador saiu de campo durante a partida após ser insultado de forma racista por torcedores do Cienciano.
Casos frequentes de abuso racial de jogadores na Europa e América do Sul aconteceram nos últimos anos, mas Blatter disse que multas ou fechamento de estádios não foram punições suficientes.
"Acho que um dia (o racismo) vai desaparecer do futebol... mas não é suficiente, precisamos de novas condições", disse o presidente.
"Nós temos regulamentações, mas não estão sendo aplicadas em todo o mundo pelos órgãos de controle e disciplina", disse Blatter, que tenta o quinto mandato na eleição presidencial da Fifa, em 29 de maio.
O Congresso da Conmebol vai ratificar o paraguaio Juan Ángel Napout como presidente para o novo mandato de quatro anos, e reiterar o apoio a Blatter na eleição da Fifa. 2015-03-04T165246Z_1006920001_LYNXMPEB230UD_RTROPTP_1_ESPORTES-FUT-FIFA-RACISMO.JPG