Por Christian Akorlie
ACCRA (Reuters) - O principal bloco regional da África Ocidental concordou neste domingo em fechar as fronteiras com o Mali e impor sanções econômicas em resposta a adiamentos "inaceitáveis" na realização das eleições no país que estavam prometidas após o golpe militar de 2020.
A decisão foi tomada após cúpula de líderes da Comunidade Econômica dos Estados da África Ocidental (ECOWAS, na sigla em inglês) para discutir a proposta das autoridades de transição do Mali que planejam realizar eleições em dezembro de 2025, em vez do mês que vem, conforme originalmente acordado.
Em comunicado, a ECOWAS afirmou que considerou a data proposta totalmente inaceitável.
Esta data "significa simplesmente que um governo de transição militar ilegítimo tomará o povo do Mali como refém", disse o documento.
O bloco formado por 15 países disse que concordou em impor sanções adicionais com efeito imediato, incluindo o fechamento das fronteiras terrestres e aéreas com o Mali, a suspensão de transações financeiras não essenciais e o congelamento de ativos do Estado do Mali nos bancos central e comerciais da ECOWAS.
As autoridades do Mali não responderam a um pedido de comentário.