Brasil deve retirar 500 cidadãos por semana do Líbano em meio a acirramento dos ataques de Israel

Publicado 03.10.2024, 19:09
Atualizado 03.10.2024, 19:10
© Reuters. Fumaça em Beirute após suposto ataque aéreo israelensen03/10/2024nREUTERS/Amr Abdallah Dalsh

Por Lisandra Paraguassu

BRASÍLIA (Reuters) - O primeiro voo com brasileiros repatriados do Líbano deve chegar a São Paulo na manhã de sábado com 220 pessoas, e a intenção do governo federal é trazer ao menos 500 pessoas por semana, em meio ao agravamento do conflito no Oriente Médio, de acordo com o comandante da Aeronáutica, tenente-brigadeiro do ar Marcelo Damasceno.

O primeiro avião enviado pelo governo brasileiro deve chegar a Beirute na sexta-feira.

"Temos um número mágico de cerca de 500 pessoas que podemos operar por semana. Conseguimos suportar bem esse número. É uma operação continuada", disse Damasceno em entrevista coletiva após reunião no Itamaraty.

O Brasil tem uma comunidade de cerca de 20 mil pessoas vivendo no Líbano. Até agora, cerca de 3 mil manifestaram interesse em sair do país devido aos bombardeios de Israel contra a capital Beirute, de acordo com o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira.

Os primeiros a serem retirados serão brasileiros não residentes no Líbano que estão no país desde o começo dos ataques de Israel, seguidos pelos residentes, com prioridade para idosos, crianças, gestantes, pessoas com deficiências e doentes e mulheres.

Vieira explicou que até agora o plano de retirada -- que pode envolver mais de 10 voos -- é a utilização do aeroporto de Beirute, que ainda está aberto. Mas o governo brasileiro analisa outras rotas, caso a situação se agrave e seja necessário alterar os planos.

© Reuters. Fumaça em Beirute após suposto ataque aéreo israelense
03/10/2024
REUTERS/Amr Abdallah Dalsh

Cerca de 2.000 pessoas foram mortas desde o início dos ataques israelenses ao Líbano no ano passado para combater o grupo libanês Hezbollah, apoiado pelo Irã, de acordo com o Ministério da Saúde do Líbano.

Questionado sobre a escalada do conflito, que não dá sinais de arrefecer mesmo com os apelos da comunidade internacional e diretamente dos Estados Unidos e da China, o chanceler brasileiro disse que o Brasil nunca deixou de defender o cessar-fogo.

"O Brasil não deixou de trabalhar com essa perspectiva. Há muito tempo, desde o começo do conflito, ainda em Gaza. O Brasil tem uma posição muito propositiva, muito forte, pública, pedindo a cessação das hostilidades. Nós continuamos a fazer isso."

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