RIO DE JANEIRO (Reuters) - A seleção brasileira escolheu as cidades de Fortaleza e Salvador, em que a torcida costuma estar do lado do time, para iniciar a caminhada rumo à Copa do Mundo de 2018, anunciou a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) nesta quinta-feira.
O primeiro jogo do Brasil nas eliminatórias, contra a Venezuela, em outubro, será no estádio Castelão, em Fortaleza, enquanto a partida contra o Peru, em novembro, será na Fonte Nova, em Salvador. As duas arenas nordestinas foram usadas na Copa do Mundo de 2014.
Tradicionalmente, o público do Sudeste, especialmente Rio de Janeiro e São Paulo, costuma ser mais exigente e crítico com o desempenho da seleção brasileira.
A ideia da CBF é levar os jogos do Brasil nas eliminatórias para nove cidades, e o eixo Rio-São Paulo é estudado para um momento mais calmo e oportuno da seleção brasileira, embora a perspectiva seja que o time do técnico Dunga encontre dificuldades na caminhada até 2018.
"O planejamento dentro do que pensamos tecnicamente é ficar perto do torcedor que sabe do momento atual, das dificuldades, não foi diferente em outras eliminatórias", afirmou Dunga a jornalistas.
"Temos que jogar em todas as cidades possíveis do Brasil que é um continente, não vamos agradar a todos, mas o que queremos é ter apoio e retribuir com vitórias e bom jogo", completou.
VIAGENS
A seleção brasileira fará em setembro amistosos nos Estados Unidos contra a seleção local e a Costa Rica, e depois vai mergulhar nas eliminatórias, com partidas também fora do Brasil.
O presidente da CBF, Marco Polo Del Nero, foi questionado se estará presente nesses jogos, já que tem evitado viagens ao exterior desde o escândalo de corrupção na Fifa, que resultou na prisão de dirigentes de todo o mundo acusados de corrupção, entre eles o ex-presidente da CBF José Maria Marin.
O dirigente não acompanhou a seleção na Copa América do Chile e também não compareceu a recentes reuniões da Fifa.
"Estou analisando e posso ir a qualquer lugar do mundo e não há nada que impeça. No momento exato eu decido", disse ele ao ser questionado se estaria ao lado da seleção nos amistosos nos EUA.
"Na reunião da Fifa eu não estava presente, mas o Brasil estava presente e votou. Diante da crise internacional eu tenho prioridades. Me ausentei em momentos e posso estar em outros", finalizou o presidente da CBF.
(Reportagem de Rodrigo Viga Gaier) OLBRSPORT Reuters Brazil Online Report Sports News 20150813T184257+0000