CAIRO (Reuters) - A ramificação egípcia do Estado Islâmico rejeitou em uma mensagem de áudio nesta quarta-feira as dúvidas de que derrubou um avião de passageiros russo na Península do Sinai, matando todos a bordo, e disse que vai contar ao mundo como realizou o ato no momento que considerar adequado.
O Airbus A321M operado por uma empresa russa caiu no sábado pouco após decolar do balneário de Sharm Al-Sheikh, no Mar Vermelho, a caminho de São Petersburgo, matando todas as 224 pessoas a bordo.
O grupo egípcio Província de Sinai, leal ao Estado Islâmico, afirmou em nota no mesmo dia que havia derrubado a aeronave "em resposta a ataques aéreos russos que mataram milhares de muçulmanos em solo sírio".
A reivindicação foi rejeita por autoridades russas e egípcias. Especialistas de segurança e investigadores disseram que é pouco provável que o avião tenha sido atingido por fora, e militantes sediados no Sinai provavelmente não possuem tecnologia para atingir um jato que estava a uma altitude de 30 mil pés.
Autoridades russas, no entanto, disseram que o avião provavelmente partiu no ar, deixando aberta a possibilidade de algum tipo de explosão a bordo.
Em uma mensagem de áudio postada em uma conta do Twitter usada pelo grupo, a célula egípcia do Estado Islâmico insistiu que estava por trás do acidente. A reivindicação não pôde ser imediatamente autenticada.
"Dizemos para os que negam ou possuem dúvidas: morram de suas frustrações. Nós, com a graça de Deus, somos quem derrubou, e não somos obrigados a divulgar o mecanismo usado", informou um porta-voz.
"Vão para os destroços, procurem, peguem as caixas-pretas e analisem, nos deem o resumo das pesquisas e o produto de suas especialidades e provem que nós não derrubamos ou como o avião caiu", disse em árabe.
(Reportagem de Lin Noueihed e Omar Fahmy)