SÓFIA (Reuters) - O Parlamento da Bulgária decidiu, em votação nesta quinta-feira, permitir que o Exército colabore com a polícia na proteção das fronteiras do país para evitar um influxo de refugiados que vem afetando alguns de seus vizinhos.
No ano passado, mais de 30 mil imigrantes entraram na Bulgária –que não pertence ao Espaço Schengen, a zona de livre circulação da União Europeia-, quase três vezes mais do que em 2014. Mas muito poucos permanecem na nação mais pobre da UE, preferindo seguir rumo ao oeste para Estados mais ricos do bloco, como Alemanha e Suécia.
Mas a decisão de Sófia coincidiu com o aumento do controle fronteiriço ao longo do principal corredor imigratório, que parte da Grécia em direção ao norte e atravessa Macedônia e Sérvia, despertando o temor de que um número crescente de imigrantes possa buscar rotas alternativas pela Bulgária.
Um projeto de lei de emendas e suplementos à Lei da Defesa e das Forças Armadas búlgara foi aprovado por unanimidade na primeira leitura, e os legisladores autorizaram o destacamento de tropas para ajudarem a lidar com qualquer onda imigratória em "circunstâncias extraordinárias e de crise". A aprovação final em uma segunda leitura é esperada para a próxima semana.