SOFIA (Reuters) - A Bulgária deu 48 horas para dois diplomatas russos deixarem o país por acusações de espionagem, afirmou a ministra das Relações Exteriores, Teodora Genchovska, nesta quarta-feira.
Aliada mais próxima de Moscou durante a Guerra Fria, mas agora um estado-membro da União Europeia e da Otan que condenou a invasão da Rússia à Ucrânia, a Bulgária já expulsou outros oito diplomatas russos por suspeitas de espionagem desde outubro de 2019.
"Dois diplomatas russos foram declarados persona non grata após recebermos uma carta do chefe da Promotoria", disse Genchovska a jornalistas.
Promotores acusaram um diplomata russo de espionagem nesta quarta-feira e disseram que um general búlgaro da reserva estava sendo investigado por entregar informações consideradas segredos de Estado para o diplomata russo. Os promotores não detalharam a ordem dos eventos.
Diante da invasão russa à Ucrânia, a Bulgária tem intensificado inquéritos relacionados à segurança nacional, e autoridades avaliam se outros diplomatas russos violaram seus status, disse uma porta-voz do governo.
O ministério das Relações Exteriores enviou uma segunda nota ao representante da embaixada russa em Sofia para protestar contra uma publicação recente vista como ofensiva à Bulgária e aos seus aliados ocidentais nas redes sociais.
Em uma publicação de 28 de fevereiro no Facebook (NASDAQ:FB), a embaixada disse que vários sites governamentais da Rússia haviam sido bloqueados ou estavam sendo exibidos incorretamente na Bulgária, por causa da "agressão de informação de Washington e seus capangas do Euro-Atlântico".
(Reportagem de Tsvetelia Tsolova)