ROMA (Reuters) - Uma escultura de mármore da cabeça do primeiro imperador de Roma retornou à capital italiana nesta terça-feira, cerca de 40 anos depois de ser roubada e contrabandeada para fora do país.
A imagem de Augusto, uma das primeiras representações conhecidas de um homem nascido mais de dois mil anos atrás, é o artefato mais recente saído de sítios arqueológicos da Itália a ser repatriado depois de ser retirado de sua nação de origem ilegalmente.
O fenômeno se tornou tão disseminado que a Itália criou uma unidade policial dedicada a rastrear as peças.
"Hoje não temos só a devolução", disse o vice-ministro das Relações Exteriores italiano, Mario Giro, em uma cerimônia para marcar a volta da obra de arte. "Estamos comemorando a importância das lembranças destes artefatos para o futuro da humanidade".
A cabeça de 45 centímetros, cujo corte de cabelo mostra que ela pertence ao período anterior àquele em que o jovem imperador Otávio adotou o nome Augusto, perto do ano 27 a.C., estava exposta no Museu Cinquantenaire de Bruxelas.
O museu a havia adquirido de boa fé de um colecionador particular, informou a chancelaria italiana em um comunicado, sem dizer quem pode ter cometido o roubo original.
(Por Cristiano Corvino)