WASHINGTON (Reuters) - O presidente do comitê encarregado de redigir a proposta de reforma fiscal na Câmara dos Deputados dos Estados Unidos disse neste domingo que não aceitaria a eliminação total das deduções fiscais estaduais e locais na versão final da legislação tributária.
“Estou convencido de que é onde nós vamos acabar”, disse o presidente do comitê de Meios e Recursos, Kevin Brady, em entrevista ao "Fox News Sunday". Questionado se poderia garantir isso aos membros republicanos do Congresso que enfrentam a reeleição no próximo ano em Estados democratas, ele afirmou: "Eu posso".
A atual dedução federal para impostos estaduais e locais e impostos sobre vendas (Salt, na sigla em inglês) é a principal diferença entre a versão da Câmara para a reforma tributária e uma proposta do Senado revelada na semana passada.
Parlamentares das duas Casas devem resolver suas diferenças sobre a maior revisão da lei tributária dos EUA em décadas antes de atingir seu objetivo de promulgar a legislação até o final do ano.
Brady desenhou suas linhas de batalha sobre a eliminação total da dedução da SALT, uma grande preocupação para os contribuintes em Estados com alta carga tributária e com inclinação democrata, como Califórnia, Nova York, Nova Jersey, Connecticut e Massachusetts.
Perguntado se a Câmara não aceitaria uma eliminação total da dedução Salt, caso seja aprovada pelo Senado, Brady disse: “É o que eu estou dizendo”.
"Queremos que as pessoas mantenham mais do que ganham, independentemente de onde vivem, inclusive nestes Estados com impostos elevados", disse ele.
O plano do Senado revogou totalmente a dedução SALT. O projeto de lei da Câmara a revogou apenas para rendas estaduais e locais e impostos sobre vendas, mas a mantém para impostos imobiliários de até 10 mil dólares.
(Por Doina Chiacu)