Por Richard Cowan
WASHINGTON (Reuters) - A Câmara dos Estados Unidos aprovou nesta sexta-feira um projeto que proíbe rifles de assalto como os que têm sido utilizados em massacres e o enviou para o Senado, onde provavelmente será derrubado.
Em uma votação basicamente partidária de 217 a 213, os democratas aprovaram a medida, num momento de irritação pública com massacres nos quais rifles AR-15 foram usados para matar e ferir crianças em escolas e adultos executando atividades cotidianas.
“Elas são mais fáceis de comprar para um adolescente do que cerveja”, disse o parlamentar democrata Lloyd Doggett, durante o debate. “Transformamos nossas igrejas, nossas escolas, nossos shoppings, nossas casas de entretenimento, quase todos os lugares em um campo de batalha, com um massacre atrás do outro”, acrescentou.
Democratas estão tentando há anos renovar uma proibição federal contra a arma, que foi inicialmente imposta em 1994 e expirou em 2004.
A proibição resultou em uma queda significativa de massacres, segundo um estudo de 2021 da Faculdade de Medicina Feinberg da Universidade de Northwestern.
O Senado de 100 integrantes está dividido meio a meio entre republicanos e democratas, que controlam a Casa porque a vice-presidente democrata Kamala Harris é sua presidente cerimonial e tem o poder de desempate nas votações.
Mas as regras do Senado exigem que a maior parte da legislação precise do apoio de pelo menos 60 senadores para avançar, o que significa que os republicanos podem impedir que um projeto de lei sequer seja debatido.