SÃO PAULO (Reuters) - O candidato do PSB à Presidência, Eduardo Campos, inaugurou nesta segunda-feira seu comitê nacional de campanha em São Paulo e usou o evento para fazer novas críticas ao governo Dilma Rousseff e defender a necessidade de "inverter as prioridades e fazer um novo país".
"Entendemos que esse encontro aqui marca claramente a leitura política que nós temos. É hora de o Brasil ter a coragem de inverter as prioridades. E para fazer isso é fundamental a energia da sociedade brasileira", disse o candidato no evento
Campos lembrou que "a União financiava quase 80 por cento do sistema público de saúde e foi recuando, até chegar a 45 por cento", para questionar em seguida: "e o dinheiro que deixou de investir na saúde, foi para onde? Baixou a carga tributária?"
O candidato do PSB reafirmou que "o Brasil vive uma crise de confiança na gestão macroeconômica", argumentando que "a política monetária vai para um lado e a política fiscal vai para outro".
"O governo que prometeu desenvolvimento freou o Brasil", acrescentou Campos.
Para ele, o povo brasileiro tem colocado a prioridade de suas demandas com muita clareza.
"Precisamos curar o Brasil. E para curar o país da inflação que volta, do baixo crescimento, da falta de ética na política, e de um Estado que fica de costas para a sociedade, é preciso buscar no movimento social brasileiro a forma de se inverter as prioridades e fazer um novo país, onde tem de ter dinheiro para escolas em tempo integral, e para as pessoas não morrerem nos hospitais ou nas calçadas de hospitais."
(Por Renan Fagalde)