A BORDO DO AIR FORCE ONE (Reuters) - Os Estados Unidos não querem guerra com o Iêmen, mas não hesitarão em tomar novas medidas, disse a Casa Branca nesta sexta-feira, acrescentando que o presidente norte-americano, Joe Biden, aprovou os bombardeios dos EUA na terça-feira em resposta a um ataque de drones houthis no Mar Vermelho.
"Não estamos interessados em... uma guerra com o Iêmen. Não estamos interessados em um conflito de qualquer tipo aqui", disse o porta-voz de segurança nacional da Casa Branca, John Kirby, a repórteres a bordo do Air Force One.
"Tudo o que o presidente tem feito é tentar evitar qualquer escalada de conflito, inclusive os ataques de ontem à noite", disse.
As forças americanas e britânicas lançaram ataques aéreos em todo o Iêmen durante a noite em retaliação ao grupo houthi, que é apoiado pelo Irã, por seus ataques à navios no Mar Vermelho.
Kirby disse que Biden aprovou os bombardeios após um ataque houthi na terça-feira. As forças navais dos EUA e do Reino Unido repeliram esse ataque, abatendo drones e mísseis disparados pelos houthis baseados no Iêmen em direção ao sul do Mar Vermelho.
Biden "foi mantido a par do desenrolar do ataque. Isso levou algum tempo. Quando foi informado que o ataque havia sido defendido de forma precisa e eficaz, ele reuniu sua equipe de segurança nacional -- na tarde de terça-feira --, foi apresentado às opções de resposta e aprovou essas opções naquele momento", disse Kirby.
O porta-voz disse que o ataque dos houthis na terça-feira ocorreu logo após os EUA terem emitido "o que só pode ser entendido como um aviso final aos houthis. Eles violaram esse aviso, obviamente, no ataque de terça-feira, e isso levou a esses ataques".
Uma "avaliação de danos de batalha" sobre o quanto as capacidades dos houthis foram degradadas pelos ataques estava em andamento, disse ele, e os Estados Unidos estavam confortáveis e confiantes sobre as autoridades legais que Biden exerceu para ordenar os ataques.
(Reportagem de Nandita Bose e Jeff Mason)