Por Jeff Mason e Michael Martina
WASHINGTON (Reuters) - A Casa Branca disse nesta segunda-feira prever que a China intensifique nos próximos dias sua resposta a uma possível visita da presidente da Câmara dos Deputados dos Estados Unidos, Nancy Pelosi, a Taiwan, e que os EUA não serão intimidados.
As ações da China podem incluir o lançamento de mísseis perto de Taiwan, atividades aéreas ou navais em larga escala ou outras "reivindicações espúrias", como a afirmação de Pequim de que o Estreito de Taiwan não é uma via internacional navegável, afirmou o porta-voz de segurança nacional da Casa Branca, John Kirby, a repórteres.
"Nós não vamos morder a isca ou nos envolver em ameaça de guerra. Ao mesmo tempo, não seremos intimidados", afirmou.
Pelosi tem o direito de visitar Taiwan, disse a Casa Branca, acrescentando que a China parecia preparada para responder, possivelmente com provocações militares.
Pelosi deve visitar Taiwan na terça-feira, disseram três pessoas informadas sobre o assunto, enquanto a China alertou que seus militares nunca "ficariam de braços cruzados" se ela visitasse a ilha autogovernada reivindicada por Pequim.
Kirby disse que nada sobre a possível viagem de Pelosi muda a política dos EUA em relação a Taiwan, e que Pequim estava bem ciente de que a divisão de poderes dentro do governo dos EUA significa que Pelosi tomaria suas próprias decisões sobre a visita.
"A presidente da Câmara tem o direito de visitar Taiwan, e um presidente da Câmara já visitou Taiwan antes, sem incidentes, assim como muitos membros do Congresso, incluindo este ano", disse Kirby.
"Não há razão para Pequim transformar uma potencial visita consistente com a política de longa data dos EUA em algum tipo de crise ou conflito, ou usá-la como pretexto para aumentar a atividade militar agressiva dentro ou ao redor do Estreito de Taiwan", completou.