ROMA (Reuters) - Cerca de 700 imigrantes foram resgatados de embarcações no Mediterrâneo por equipes de socorro que encontraram 23 pessoas mortas durante uma operação na sexta-feira, disse um porta-voz da guarda costeira italiana, o segundo registro de várias mortes na área até agora nesta semana.
Após cerca de três anos de chegadas em massa, o número de imigrantes que atingem a Itália caiu acentuadamente desde julho, quando Roma concluiu um acordo com a Líbia para bloquear uma rota conhecida de transporte ilegal de pessoas.
Um navio espanhol que participa da missão naval da Operação Sophia da União Européia recuperou os mortos, juntamente com 64 sobreviventes de um barco de borracha, a missão disse em sua página no Facebook.
"Um dia difícil no Mar Mediterrâneo Central", afirma o post do Facebook, acrescentando que os resgates começaram no início da manhã.
Seis operações de resgate foram realizadas no total na sexta-feira, disse o porta-voz, tornando-se um dos dias mais movimentados de resgate nos últimos meses. Sete pessoas foram encontradas mortas e 900 salvas na quarta-feira.
O navio italiano da Guarda Costeira Diciotti estava indo para o porto do sul de Reggio Calabria com 764 imigrantes resgatados a bordo, informou a agência de notícias Ansa em uma nota confirmada pelo porta-voz da guarda costeira.
O Diciotti também transportava oito cadáveres, disse a Ansa. Não estava claro se eles estavam entre os recuperados pelo navio espanhol.
Os resgatados eram originários da África Subsaariana, Paquistão, Líbia, Bangladesh, Argélia, Egito, Nepal, Marrocos, Sri Lanka, Iêmen, Síria, Jordânia e Líbano, segundo a Ansa.
(Reportagem de Isla Binnie)