Senado arquiva PEC da Blindagem após rejeição unânime pela CCJ
BERLIM (Reuters) - O chanceler alemão, Friedrich Merz, acusou nesta quarta-feira o presidente da Rússia, Vladimir Putin, de assassinato e de tentar desestabilizar o Ocidente testando seus limites, ao falar em um debate parlamentar no qual entrou em conflito com a oposição de extrema-direita.
Merz disse que as recentes incursões russas no espaço aéreo polonês e romeno fazem parte de uma tendência de longa data de testar os limites do Ocidente.
"Putin vem testando as fronteiras há muito tempo, ele está sabotando. Ele está espionando, está assassinando, está tentando nos perturbar. A Rússia quer desestabilizar nossas sociedades", declarou Merz.
Para o chanceler, uma rendição ucraniana à Rússia é inaceitável.
"Uma paz ditada, uma paz sem liberdade, encorajaria Putin a buscar seu próximo alvo", disse ele.
Merz já criticou Putin anteriormente como um criminoso de guerra, o que levou o Kremlin a dizer que as opiniões do líder alemão sobre as negociações de paz na Ucrânia deveriam ser desconsideradas.
O Kremlin nega que suas forças tenham cometido qualquer crime de guerra na Ucrânia e também descartou como absurdas as alegações de Yulia Navalnaya, esposa do falecido líder da oposição russa Alexei Navalny, de que seu marido foi assassinado na prisão.
O apoio alemão à Ucrânia atraiu críticas da Alternativa para a Alemanha (AfD), de extrema-direita, cuja líder Alice Weidel acusou Merz, nesta quarta-feira, de "se passar por um político global e senhor da guerra". Jens Spahn, um aliado de Merz, por sua vez, disse que Weidel estava se transformando em uma "quinta coluna" para a Rússia.
(Reportagem de Ludwig Burger, Miranda Murray e Andreas Rinke)