Por Phil Stewart
KIEV (Reuters) - O secretário de Defesa dos Estados Unidos, Lloyd Austin, anunciou 400 milhões de dólares em novas armas para a Ucrânia na segunda-feira, durante uma visita a Kiev, apenas duas semanas antes da eleição presidencial dos EUA, que está lançando incertezas sobre o futuro do apoio ocidental.
A viagem de Austin, sua quarta e provavelmente última visita como chefe do Pentágono do presidente norte-americano, Joe Biden, deve se concentrar nos esforços dos EUA para ajudar Kiev a reforçar suas defesas enquanto as forças russas ganham terreno no leste da Ucrânia.
No entanto, apesar da demonstração de solidariedade com Kiev, não se espera que a visita atenda a alguns dos pedidos mais veementes do presidente ucraniano Volodymyr Zelenskiy por mudanças na política dos EUA, como a suspensão das restrições de Washington quanto ao uso de armas fornecidas pelos EUA para atingir alvos nas profundezas do território russo.
À medida que o governo de Biden se encerra, Austin sinalizou a continuidade do apoio dos EUA.
"Os Estados Unidos entendem o que está em jogo aqui, sr. presidente", disse Austin a Zelenskiy durante uma reunião, enquanto anunciava o novo dinheiro para munições adicionais, veículos blindados e armas antitanque.
Enquanto Austin descia do trem em Kiev após uma viagem noturna a partir da Polônia, autoridades ucranianas relataram novos ataques russos durante a noite na capital ucraniana, que danificaram prédios residenciais e feriram pelo menos um civil.
A visita de Austin ocorre antes da votação presidencial de 5 de novembro nos EUA, na qual o ex-presidente Donald Trump, o candidato republicano, está buscando outro mandato em uma disputa acirrada contra a vice-presidente Kamala Harris, a candidata democrata.
Trump sinalizou que estaria mais relutante do que Biden em continuar a apoiar a Ucrânia, o que poderia privar Kiev de seu maior apoiador militar e financeiro.