(Reuters) - Chelsea Manning, soldado presa por ter vazado documentos secretos dos Estados Unidos para o site de defesa da transparência Wikileaks, pode ser colocada em uma solitária sob a acusação de violar regras da prisão ao portar material de leitura proibido, disse sua advogada na quarta-feira.
Chelsea foi condenada em 2013 por ter fornecido mais de 700 mil documentos, vídeos, comunicações diplomáticas e relatos de batalhas ao Wikileaks, no maior vazamento de material secreto da história dos EUA.
A ex-analista de inteligência, que nasceu homem mas hoje se identifica como mulher, cumpre a sentença de 35 anos de prisão em uma penitenciária para homens em Fort Leavenworth, no Estado do Kansas.
Chelsea foi acusada de várias infrações disciplinares e vai comparecer a uma audiência diante de uma mesa de ajustamento disciplinar, composta por três pessoas, em 18 de agosto, na própria prisão, segundo a advogada Nancy Hollander.
As infrações disciplinares foram denunciadas como ocorridas nos dias 2 e 9 de julho e incluem uma tentativa de desrespeito, posse de livros e revistas proibidos, mau uso de medicamentos no que se refere a uma pasta de dente vencida e desordem, por ter jogado comida no chão, disse a advogada.
Chelsea pode ser condenada à pena máxima de confinamento solitário por tempo indeterminado.
(Por Eric M. Johnson)