Por Martin Quin Pollard
PEQUIM (Reuters) - A China está disposta a fazer o máximo esforço para garantir uma "reunificação" pacífica com Taiwan, disse um porta-voz do governo chinês nesta quarta-feira, após semanas de manobras militares e jogos de guerra de Pequim perto da ilha.
A China reivindica a autogovernada Taiwan como seu próprio território. O governo taiwanês rejeita as reivindicações de soberania da China e diz que apenas o povo da ilha pode decidir seu futuro.
A China vem realizando exercícios perto de Taiwan desde o início do mês passado, depois que a presidente da Câmara dos Deputados dos Estados Unidos, Nancy Pelosi, visitou Taipé, incluindo o lançamento de mísseis em águas próximas à ilha.
Ma Xiaoguang, porta-voz do Escritório de Assuntos de Taiwan da China, disse em entrevista coletiva em Pequim antes do congresso do Partido Comunista do próximo mês que a China está disposta a fazer os maiores esforços para alcançar a "reunificação" pacífica.
"A pátria precisa ser reunificada e inevitavelmente será reunificada", disse Ma.
A China propõe o modelo "um país, dois sistemas" para Taiwan, semelhante à fórmula sob a qual a ex-colônia britânica de Hong Kong retornou ao domínio chinês em 1997.
Ma disse que Taiwan pode ter um "sistema social diferente do continente" que garanta que seu modo de vida seja respeitado, incluindo liberdades religiosas, mas isso está "sob a condição de garantir a soberania nacional, a segurança e os interesses de desenvolvimento".
O governo de Taiwan diz que, como a ilha nunca foi governada pela República Popular da China, suas reivindicações de soberania são nulas.
(Reportagem de Martin Pollard)